• Home
  • Blog
  • Nossa Rua
    • Quem Somos
    • Missão
    • Valores
    • Linha do Tempo
    • Políticas Institucionais
    • Equipe
  • Projetos
  • Artistas em Ação
    • Galeria de Imagens
    • Galeria de Vídeos
    • Editais
    • Publicações
  • Rede de Apoio
    • Parceiros
  • Contato
  • DOE!
  • CORTINAS ABERTAS
  • DOCs

CIRCO ESCOLA CÉSAR MARQUES

TERMO_919085Baixar

Postado em 19 de outubro de 2022 por Cau Bastos

Categorias: Destaque



  • Home
  • Blog
  • Linha do Tempo
  • Contato
#SEESSARUAFOSSEMINHA
Antônio Cesar Marques da Silva, o Griot (1955-2019)

Poeta, autor teatral e gestor cultural autodidata, Cesar Marques era um mestre da arte-educação. Esteve à frente da Se Essa Rua Fosse Minha desde a sua fundação pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, e consagrou-se como um dos principais protagonistas do circo social, metodologia de ensino/aprendizagem centrado no lúdico que, certa vez, assim descreveu: “Por questões éticas, étnicas e estéticas, os conteúdos basilares do circo social vão sendo construídos a partir de diálogos com os conhecimentos e protagonismo dos meninos e meninas sem ruas, se entrelaçando freirianamente com os conceitos circenses da Intrépida Trupe e de educação popular do Se Essa Rua Fosse Minha”.

Cesar Marques era um griot nato – termo africano que designa os indivíduos responsáveis por preservar e compartilhar os conhecimentos, tradições e histórias de seu povo. Com esse compromisso, contribuiu para a formação de novos artistas, educadores sociais e multiplicadores capazes de transmitir seus ensinamentos às novas gerações.

Ativista social, ele lutou arduamente contra o racismo e pela garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens. Em 2012, recebeu do jornal O Dia a medalha “Orgulho do Rio” por sua atuação social.

Herbert de Souza – o Betinho – (1935-1997)

O sociólogo e ativista dos direitos humanos foi um dos idealizadores e fundadores da ONG Se Essa Rua Fosse Minha. Viveu no exílio nos anos 1970 e tornou-se símbolo da campanha pela anistia política no Brasil por causa da música “O bêbado e o equilibrista” (Aldir Blanc e João Bosco), que em um de seus versos pedia a “volta do irmão do Henfil”. O retorno ao país ocorreu em 1979 e, desde então, Betinho se engajou na luta contra a pobreza e as desigualdades.

No início dos anos 1980, foi um dos articuladores da Campanha Nacional pela Reforma Agrária e um dos fundadores do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE), uma das organizações que integraram o projeto e lançamento da Se Essa Rua. Hemofílico, Betinho descobriu ter contraído o vírus da Aids numa transfusão de sangue e, em 1986, fundou a Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (Abia). Na década de 1990, liderou a Ação da Cidadania contra a Fome, a Miséria e pela Vida. A campanha contra a fome, como ficou popularmente conhecida, mobilizou a sociedade brasileira para a arrecadação e distribuição de alimentos à população carente.

Em 2012, sua história foi reconhecida pela Unesco como parte importante da memória mundial.

*Com informações do Ibase (https://ibase.br/pt/).